No último fim de semana fiz uma trip curtinha, mas intensa – no sentido de divertimento e desligamento da vida normal: Pico do Itaguaré, uma das dez maiores montanhas do estado de São Paulo, 2.308 m acima do nível do mar, na Serra da Mantiqueira, na divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Foi muita belezura reunida!
Mais uma vez pude contar com o pessoal da Mantiqueira Expedições – carinhosamente chamada de Mantiex. Os guias Carlos e seu primo Luiz são competentes, atenciosos, divertidos e, acima de tudo, amam e respeitam a Serra da Mantiqueira, sua segunda casa.
Vou relatar aqui brevemente como foi essa experiência pra lá de especial.
Sexta-feira
Encontramo-nos em Cachoeira Paulista, onde pernoitamos. A Mantiex indica a Pousada Clara Luz, um casarão antigo com quartos compartilhados, café da manhã incluído, aos cuidados da super atenciosa Silvia, ao custo de R$ 50 por pessoa.
Sábado
Levantamos às 5h00 para sair às 6h00 de Cachoeira Paulista rumo a Passa Quartro (MG). Dali, ainda pegamos cerca de 1 hora de estrada de chão meio ruinzinha até o local do início da trilha – com direito a um pit stop na pousada e camping Pé do Itaguaré, onde Joana e Nata nos receberam com um cafezinho com canela, feito no fogão a lenha, para nos aquecer naquela fria manhã (que deu até geada na região)!
Iniciamos a trilha pelas 9h20 e, em ritmo bastante tranquilo, subimos os cerca de 4 km até o local do acampamento. Paramos por uma meia hora no mirante do pedrão – uma pedra alta de onde é possível ver bastante verde, e o local de onde viemos.
É subida o caminho todo, mas não é assim tão forte; 90% do percurso é dentro da mata fechada, e os 10% finais são em pedra, sob o sol, e rola uma escalaminhada de leve, mas nada muito complicado. Nesta parte, passamos pela Pedra da Tartaruga – nem preciso explicar o porquê, né? Veja:
Por volta das 13h00, chegamos ao local onde acamparíamos – a “testa” do rosto que forma o Itaguaré, sendo o “nariz” o ponto mais alto (2.308m). O dia estava lindo, super aberto, e quase sem vento. Mas nem por isso dava pra ficar de camiseta por muito tempo lá em cima não! O friozinho logo bate.
Após um lanche mais reforçado (o “almoço”) resolvemos ir da “testa” até o meio do “nariz” – o chamado falso cume, pois é lá em cima, mas ainda não é o ponto mais alto desta montanha. Foi de lá que vimos um pôr do sol pra lá de especial! Assim que ele se vai, o frio vem com tudo; a queda de temperatura é brutal. E aí toca-lhe se agasalhar com todas as roupas que trouxemos! Hehe
A turma toda se reuniu para preparar o jantar: um algo intermediário entre sopa-macarronada-risoto – ou uma boa gororoba mesmo! Mas – importante – tudo natural e saudável! Mix de legumes (mandioquinha, batata-doce, abobrinha, abóbora, inhame) refogados com alho, cebola e gengibre, com frango desfiado, ovos e macarrão, com direito a cebolinha picada e queijo parmesão. Acompanhado de um bom vinho tinto e até uma cachacinha capichaba. Quer mais o quê?? Chique demais esse acampamento, gente! Tava delícia demais!
Depois fomos curtir a lua cheia que estava simplesmente m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a! Ali de cima avistamos os municípios paulistas de Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Piquete, Lorena, Aparecida, Guaratinguetá de um lado, e a cidade mineira de Passa Quatro do outro.
À noite, até onde medimos, chegou aos 7°C, o que é não considerado muito frio para esta época, altura e região. Ventou um pouco mais à noite, até o início da manhã, o que pode ter contribuído mais para o frio que passei (eu sempre passo).
Domingo
Acordamos às 6h00 para ver o sol nascer (previsto para as 6h20). Um espetáculo à parte! Não vou me alongar muito, apenas sinta um gostinho:
Levantamos acampamento, tomamos café, e partimos para fazer o ataque ao cume – desta vez, o verdadeiro! Dia de todas as piadinhas possíveis sobre o cume – claro que eu contribuí com a minha parte! Afinal, neste dia, só o cume interessava.
Para chegar até lá, tem uma escalaminhada, com duas partezinhas mais chatinhas: o chamado Cavalinho do Itaguaré – uma pedra ligeiramente triangular, na qual se senta montado como em um cavalo mesmo, e que é um pouco exposta; e uma fenda com uma subida um pouco íngreme, que até é possível subir sem corda nem nada, mas o Carlos prefere pecar pelo excesso de segurança do grupo, então fizemos este pulo amarrados em uma corda. Está certo ele, né? É sempre melhor prevenir do que remediar.
E aí é cume!!! 😀 2.308m de montanha! A ponta do nariz!
Assinamos o livro, curtimos o visual, e já nos preparamos para a descida. De volta ao acampamento, foi o tempo de finalizar as mochilas, dar aquela despedida, e partir para a descida – por volta do meio dia.
Por volta das 14h30 estávamos de volta ao início da trilha. A descida foi tranquila (o joelho sempre sente, né? Até aí, é normal pra quase todo mundo). Retornamos a Cachoeira Paulista, chegando lá pelas 16h00. The end!
Vamos falar de coisa boa! Vamos falar de Shit Tube!
Oi? Shit tube! Isso mesmo: tubo de merda. A melhor solução para os seus problemas fecais na montanha! Um potão (de PVC, de WheyProtein, etc, apenas um pote grande), onde armazenamos nossos dejetos. Mas calma, é muito menos nojento do que parece. Tem todo um esquema para realizar a operação. O produto não cai no solo, e sim em uma folha de jornal estrategicamente posicionada, e coberta previamente com serragem; em seguida à resolução do assunto, joga-se cal para desidratar o amiguinho, e então o pacotinho é embrulhado e colocado dentro do tal Shit Tube, que está protegido por um saco de lixo. Et voilà! Levamos de volta o tubo, e os presentes são enterrados (sem o plástico, claro). Testado e aprovado. Sem caca na montanha! A Mantiex está de parabéns pra iniciativa!
É isso, gente! Trip com a Mantiqueira Expedições é sucesso garantido!
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E olha que legal!!!
Coincidentemente, o queridíssimo casal do blog Expedição Andando por Aí – Carla e Elio – esteve na viagem também, e eu simplesmente amei a companhia deles!!! Eles são demais! 😀
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Por que eu mais gosto de passar um fim de semana assim? Pela oportunidade de fazer novos amigos, falar besteira, dar risada, viajar na maionese, esfriar (literalmente) a cabeça e aquecer o coração. Mas, principalmente, por (re)conectar-me comigo mesma e com o Ser.
Vai lá e faz! 😉
Este não é um post patrocinado. Todas as despesas da viagem foram pagas por mim e as opiniões aqui expressas são genuínas, decorrentes de minha experiência pessoal.
Data da trip: Junho 2016
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Amei Laurinha!!!
Foi ótima sua companhia também…
Vamos marcar mais.
Beijão
Carla
Vamos sim, sem dúvida, Carla!! beijão 🙂
Adorei.Parabéns pelo post!
Até a próxima!
eeee valeu, Ale! Simbora pra próxima! 😉 bjoss
Ola Laura, tudo bem? Que sensacional essa trip, ainda mais para um final de semana. Me diga uma coisa, temos que levar os equipamentos de escalada e de camping ou a mantiex da todo o suporte,
Tks
Olá, Hudson!
É muito bacana mesmo! Não precisa levar não, a Mantiex dá todo o suporte 🙂 Pode confiar! Obrigada pela leitura! Abraço
Oi, td genialllll
Me interessei e muito pela empreitada eco-turistica até o Pico do Itaguaré.
Gostaria de saber se há guias, valores e/ou se pode fazer tranquilamente esse caminho sem o auxílio de guias?
No aguardo, um ótimo dia
Olá, Marco Aurélio!
Eu sou da turma que sempre recomenda fazer este tipo de atividade com um guia profissional. Aqui no post mesmo eu recomendo a agência Mantiex. Serviço e qualidade excepcionais! Pode ir de olho fechado com eles! 😉
Abraços
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Caramba, que vista linda da montanhas em cima das nuvens!!!
Estou planejando fazer a trilha do Pico dos Marins depois que essa pandemia acabar, vamos ver se dou sorte e acordo com esse visual também haha