Viajar já faz parte do meu estilo de vida há um tempo. Não é um mero hobby, um “quando der, se der, eu vou”, é um “trabalho para poder me proporcionar isso”. Sou viajante compulsiva e assumida!
Quem vê de fora, acha que quem está sempre com o pé na estrada nasceu em berço de ouro e/ou que ganha muita$ dilma$ em um trabalho muito generoso. Não é bem por aí. Sou uma reles mortal-classe-média-trabalhadora-assalariada-do-Brasil. O que faz a mágica acontecer é – além de não gastar com outras coisas no dia a dia que eu considero supérfluas – é estudar bem o meu destino e planejar minha trip de modo a torná-la o mais econômica possível.
E uma das coisas que faz toda a diferença no orçamento é a hospedagem. Tô certa? Pois então, foi numa dessas que cinco anos atrás eu tive minha estreia em um hostel, quando me lancei no meu primeiro mochilão. E foi logo um intensivão na categoria, pois passei 32 dias pipocando por várias cidades em 9 países da Europa, e ficando, na maioria delas, hospedada em hostel. Só não o fiz onde consegui hospedagem em casa de amigos. O que achei?
BBB = Bom, Bonito e Barato. Tudodebompontocom!
Gostei tanto da experiência e do custo-benefício, que desde então hostel é sempre a primeira opção de hospedagem que busco em todo e qualquer lugar que vou. E por maior que seja a minha pão-durisse, não é pensando apenas no dinheiro – não mesmo! Principalmente se você é um viajante solo, a interação entre as pessoas em um hostel – bem diferente da que (não) acontece em hotéis convencionais – pode significar a diferença entre você fazer amizades (que às vezes são pra vida toda) com pessoas do mundo todo – ou não; conhecer mais de outras culturas e compartilhar a sua – ou não; conseguir companhia para os passeios que vai fazer – ou não; rachar convenientemente aquele taxi na volta da balada ou na hora de ir pro aeroporto – ou não; compartilhar experiências e informações sobre o destino em questão e tantos outros – ou não. É uma baita de uma troca!
A galera que viaja de mochilão e se hospeda em hostel tem sempre a cabeça muito aberta, o que propicia essa rica interação. Claro que isso tudo só acontece se você quiser que aconteça – isto é, se você também estiver aberto e demonstrar isso. O legal do hostel (e dos gringos em geral) é que, ao mesmo tempo que todo mundo é muito receptivo se você se aproximar, é cada um muito na sua também, então se você estiver naquele seu momento antissocial introspectivo de pensar na morte da bezerra, com grandes chances ninguém vai te incomodar.
E ó, não vai pensando que hostel é coisa só pra “molecada” não! Já vi gente na casa dos seus 50 ou 60 anos hospedada no mesmo hostel que eu, sem frescura. Hostel é lugar para gente jovem sim, mas jovem de espírito. A gente bem sabe que a idade está é na nossa cabeça.
Claro que nem tudo são flores. Dividir quarto e banheiro com pessoas desconhecidas pode trazer certos, hum, desconfortos: nem sempre você vai ter um espaço enorme e uma super privacidade como gostaria, ou nem sempre vai conseguir dormir o sono dos justos por conta dos roncos, luzes e movimentos alheios. Mas te garanto que os ganhos com as interações e enriquecimento cultural superam estas pequenas desvantagens.
Notas mentais
- Falar pelo menos um outro idioma (inglês como primeira opção) vai te facilitar muito a vida! Mas também não é um “pré-requisito”. Quem nunca se divertiu a valer brincando de mímica?
- Experimente ficar em dormitórios compartilhados. Eu acho bem mais legal! Em geral, os hostels oferecem quartos privados também, mas a meu ver perde um pouco o sentido ir a um hostel para “se isolar” tal qual em um hotel – além do preço ser bem mais alto. Mas esta é apenas a minha humilde opinião pessoal, faça o que te faz feliz e pronto!
- Leve sempre um cadeado (seja para a mala, seja para o armário onde você vai guardar a mala e demais pertences ao sair do quarto). Não custa nada evitar situações embaraçosas, certo?
Resumindo: O que é um hostel? É um lugar ultra-mega-bacana que você tem que conhecer pelo menos uma vez na vida!
Cidades onde me hospedei em hostel
Serra da Estrela (Portugal), Barcelona, Paris, Bordeaux, Viena, Praga, Berlim, Munique, Amsterdã, Bruxelas, Bruges, Lima, Paracas, Cusco, La Paz, San Pedro de Atacama, Ilhabela, Jericoacoara, Praia da Pipa.
Pior hostel: Nome-esquecido-de-tão-ruim-e-pulguento-que-era (Berlim, Alemanha)
Melhor hostel: empatado entre Hütteldorf (Vienna, Áustria) e Pariwana (Cusco, Peru)
Busca, reservas e dicas
- Booking.com (reservando por este aqui você me ajuda! )
- Hostel World
- Hostels
- Hi Hostels – Hostelling International
- Sempre válido também ler opiniões dos amiguinhos no TripAdvisor
- Minhas dicas pessoais de hostels você encontra aqui no blog e no Pinterest
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Muito bom mesmo esse artigo, era o que eu estava procurando, obrigado