Vista de cima do Pico do Papagaio - Aiuruoca - MG - 7 Cantos do Mundo

O Pico do Papagaio é um dos atrativos mais cobiçados pelos trilheiros em Aiuruoca, MG. Não é difícil entender o porquê!

Ele é um dos atrativos do Parque Estadual da Serra do Papagaio, administrado pelo Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG) – portanto, uma Unidade de Conservação (UC).

São cerca de 2.100 metros de altura, de onde se tem uma visão incrível dos mares de morros mineiros. No caminho, você se depara com cachoeiras, poços de águas cristalinas, uma vegetação que mistura Mata Atlântica com araucárias, e até uns trechos de mata mais fechada com mais cara de florestas temperadas – tipo de filme medieval (sabe do que eu to falando?). Só sei que, meu, é um trem bonidimaidaconta, sô!

Confira aqui todas as informações para fazer essa trilha incrível!

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Bom saber antes de subir o Pico do Papagaio

Este é o Pico do Papagaio, prazer!

Visto do Matutu (à esquerda)

Visto dos Garcias (à direita)

 Nível técnico: moderado

 Esforço físico: moderado a difícil

 Distância: cerca de 14 km (ida e volta)

 Duração: um dia inteiro. São cerca de 3h30min (em ritmo lento) para ir e umas 3 horas para voltar, mais o tempo de aproveitar lá – você fica lá de 1 a 2 horas fácil. Total: cerca de 8 horas. Portanto, saia cedo!

 Precisa de guia? Recomendo que sim. Muita gente se perde nessa trilha, e é bom ter alguém que conheça a dinâmica climática da região a fim de evitar tempestades com relâmpagos – ninguém quer isso lá em cima, certo? De qualquer modo, estou disponibilizando o tracklog da trilha que eu fiz com Seu Dito, guia local de 78 (se-ten-ta-e-oi-to) anos muito gente fina! Fica a seu critério. Ele cobrou R$ 40 por cabeça (enquanto guias do Matutu cobram R$ 60 e guias dos Garcias cobram de R$ 50 a 75). Infelizmente, por conta das circunstâncias, acabei não pegando o contato dele; pergunte por ele na sua pousada/camping.

 O que levar:

  • Mochila de ataque pequena
  • Bota/tênis de trekking (preferencialmente)
  • Roupas leves para caminhada
  • Roupa de banho
  • Protetor solar
  • Boné/chapéu
  • Máquina fotográfica
  • Água (tem alguns pontos de água potável no caminho)
  • Capa de chuva
  • Lanche de trilha
  • Saquinho para levar seu lixo de volta

 Importante: No caminho não há nenhum tipo de estrutura, nem latas de lixo; tudo o que você levar, traga de volta  com você.

Como chegar

Existe mais de uma opção de trilha para subir o Pico do Papagaio (ouvi falar de pelo menos umas três diferentes). É possível subir a partir de um local próximo à cachoeira dos Garcias – que já é mais alto e portanto se sobe menos – porém a disponibilidade de guias por ali é muito menor, e a ausência de sinal de celular na maioria dos lugares da região dificulta a comunicação para agendar com alguém.

A trilha que fiz e indico aqui começa no Vale do Matutu, uma opção mais, digamos, viável, pois lá há uma maior oferta de guias, contratados no próprio Matutu (onde tem o Casarão) ou nas pousadas dos arredores. Não sei dizer se existe um caminho melhor – afinal, só fiz um, certo? – mas garanto que a trilha pelo Vale do Matutu é maravilhosa e vale muito a pena! A diferença, como você deve ter imaginado, é que o ganho de elevação por esta trilha é maior, já que estamos em um vale e chegamos em um pico – tadáá! Mas juro que a subida não é absurda como me disseram e possivelmente vão te falar!

O guia vai te indicar o ponto de encontro – que no meu caso, foi no Pesque e Pague (trutário), localizado a cerca de 14 km do centro de Aiuruoca, na estrada de terra que vai sentido Matutu (que é longa, mas bem sinalizada e de condições ok. Mesmo assim, se tiver chovido muito nos dias anteriores, consulte as pessoas locais sobre a situação). Se você for o diferentão e quiser ir sem guia (brincadeiraaa :D), você pode baixar meu tracklog e ir direto para o trutário.

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A trilha

Tracklog (Wikiloc): Pico do Papagaio – Aiuruoca, MG

Powered by Wikiloc

 

A trilha começa lá de dentro da propriedade do trutário mesmo – entra na ruazinha onde tem a placa “Pesque e Pague” e siga até o fim dela, onde tem uma porteira; pode abrir e entrar que não tem problema – o máximo que pode acontecer é a dona te alertar que “ainda não tá na hora de pescar não, filho” hahaha!

Saindo pelos fundos do Pesque e Pague, você começa a subir, subir, subir. Aí pára um pouquinho, descansa um pouquinho, e sobe mais um tantão. Mas vai na manha que é de boa. Você vai começar a avistar os mares de morro mais de cima, além das lindas cachoeiras conhecidas como Três Marias; só aí você pensa: “já valeu o dia”.

Passando estes campos iniciais, a trilha começa a ficar bem estreita, com muitos trechos em mata fechada. Se você se incomoda com arbustos raspando na perna, aconselho ir de calça comprida, pois isso é uma constante no caminho. Tem algumas (três, se não me engano) travessias de rios, mas são tranquilas de ir pelas pedras, não é necessário tirar o tênis. Há cerca de três pontos de água potável no percurso.

Atenção: pode haver vacas no caminho (só eu aqui tenho medo de vacas?)

Muitas mudanças de cenários depois, você chega lá em cima e fica sem ar – não pelos 2.100m de altitude, é porque é lindo demais mesmo! Me diz se eu estou mentindo:

Pico do Papagaio - Aiuruoca - MG

 Dica: na volta, pare no poço de águas (muito) cristalinas e (muito) geladas que tem no caminho! É um pequeno desvio, na verdade, veja o tracklog ou peça ao seu guia!

É isso aí. Boa caminhada, e lembre-se de ficar De Boas! 🙂

 Data da trilha: 09 de fevereiro de 2016.

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Laura Sette

Paulistana, leonina, Manifestadora Esplênica 3/5 e a doida do autoconhecimento. Comecei a viajar e não quis parar mais! Já morei em 5 países. Acredito que a vida é muito mais do que viver em um único lugar para pagar boletos. Em 2016, saí da Matrix e vivo no fluxo por aí. Viajo, escrevo, me expresso como der na telha e levo a vida com bom humor. Troquei uma carreira corporativa para viver uma vida mais autêntica e explorar os 7 Cantos do Mundo! Vamos juntos?

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