7 lugares para conhecer no Marrocos - Marina Storch - 7 Cantos do Mundo

Veja as recomendações da Marina de lugares para conhecer no Marrocos que são fora do padrão turístico, em um roteiro incrível de 11 dias e 2000 km de carro.

Oi, eu sou a Marina, uma apaixonada por viagens e autora do blog Mudei a rota!

Este ano fui conhecer o Marrocos, e passei por 7 destinos menos convencionais do que Marrakesh, Casablanca ou os resorts de Agadir.

Fiz, com um amigo, uma viagem de carro de 11 dias começando por Chefchaouen e terminando em Essaouira, e vou contar para vocês quais foram, para mim, os 7 lugares imperdíveis no Marrocos!

11 dias e 7 lugares para conhecer no Marrocos

1. Chefchaouen

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Chefchauoen, a cidade azul

Chefchaouen é a famosa cidade azul do Marrocos, pequena, charmosa, instagramável e azul!

Tem duas teorias sobre ela ser azul: a primeira é que os judeus ali refugiados da Inquisição Espanhola em 1471 pintaram as casa de azul para reproduzir o paraíso; a segunda é que a cor azul repele mosquitos. Mas a verdade eu não sei.

Por estar mais perto da Espanha e receber muitos turistas de lá, é comum os locais se comunicarem em espanhol nos restaurantes e hotéis. Já nos outros destinos a língua mais falada com turistas é o francês; funciona melhor que o inglês – mas a mímica também sempre funciona.

O charme de Chefchaouen é passear pelas ruelas e lojinhas, terminando o dia com uma caminhada na montanha ao lado para contemplar o pôr-do-sol e ter uma visão da cidade do alto. Um dia e uma noite conhecendo a cidade são suficientes. Foi o que fizemos.

Eu recomendo o restaurante Aladdin para jantar. Passei a viagem toda pedindo o prato mais tradicional do Marrocos, o famoso Tajin – no meu caso era o vegetariano de legumes -, mas há opções de Tajin de frango ou carne também.

2. Fez

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Chouara Tannery em Fez

De Chefchaouen fomos a Fez, onde está localizada a maior medina do mundo. Também acho suficiente passar apenas um dia e uma noite, mas se você quiser se dedicar às compras, que tem muita opção na medina, vale deixar um dia a mais.

Recomendo hospedar-se no Hotel Riad Dar Iline, com bom preço, quartos charmosos, excelente café-da-manhã marroquino e localizado bem pertinho da entrada principal da Medina, o Blue Gate.

Começamos o dia explorando a medina partindo do Blue Gate em direção ao Cortume (Chouara Tannery). Subimos em um rooftop para ver os processos de tingimento e lavagem de couro. Saímos da medina pela lateral, atravessando o cemitério morro a cima até chegar no Les Mérinides Tombs (se colocar no Google Maps é possível fazer isso a pé), para contemplar o pôr-do-sol com vista para a maior medina do mundo e ainda tomar um chá de menta no Hotel Les Mérinides.

Para se “perder”nas ruelas da medina, vale fazer sozinho, como nós fizemos, mas cansa, pois todo mundo quer ser seu guia e te guiar até o cortume te cobrando o serviço depois. Então se não quiser ser importunado, vale a pena contratar um guia por 2 ou 3 horas no próprio hotel.

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Aqui uma dica maravilhosa de restaurante para se comer outro prato tradicional, a pastilha: o restaurante Le Tarbouche oferece uma fusão da cozinha marroquina com a mexicana, e as pastilhas vegetariana e de mole poblano são divinas!

3. Volubilis

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De Fez seguimos para o Deserto do Sahara (na verdade, o correto é dizer apenas Sahara, que já significa deserto), mas como o caminho era longo, incluímos um destino para passar o dia: Volubilis.

Dormimos no meio do caminho, na cidade de Mindelt – que não é nada turística, mas oferece restaurantes e hotéis simples.

Volubilis é um sitio arqueológico, as ruínas de uma cidade romana e hoje Patrimônio da Unesco. É um local bem grande, dá pra ficar umas 2 horas explorando, e a entrada custa EUR 7. Ainda no caminho, passamos na cidade de Azrou, na Floresta de Cedro, onde tem vários macacos soltos e tranquilos.

4. Deserto do Sahara

Acordando em Mindet, atravessamos a cadeia montanhosa de Atlas, com paisagens belíssimas chegando na cidade de Merzouga na hora do almoço para ter a experiência de Uma noite no Sahara.

Pelo próprio Booking você encontra muitas opções de Desert Camp em Merzouga, que vão de EUR 20 a EUR 300 (luxo) a barraca dupla, com jantar e café-da-manhã inclusos.

Escolhemos uma opção bem simples, que foi EUR 60 a barraca dupla com jantar e café, não tinha nenhuma decoração especial, mas era uma cama quentinha e comida boa, com a tradicional fogueira com música a noite.

Após a reserva, você recebe um e-mail com o endereço para deixar o carro e escolhe ir ao Desert Camp em camelo (EUR 15) ou veículo 4×4 (EUR 20). Como sou contra o turismo com animais, fui de 4×4 e foi melhor, porque chegamos em meia hora, deixamos a mochila na barraca e subimos as dunas pra ver o pôr-do-sol no horizonte, sem ninguém por perto.

Já quem foi com camelo, levou 3 horas pra chegar e viu o sol se pôr atrás das dunas, no meio do caminho. A experiência (mesmo que curta) de conhecer esta pontinha do Sahara vale muito a pena. Que energia!

5. Todra Gorges

Aqui incluo um destino pouco conhecido, mas surpreendente: Todra Gorges (as gargantas do Todra). É um cânion na Cordilheira do Atlas, para fazer escaladas, Via Ferrata e trekkings.

Como gosto mais de natureza do que cidades, aqui dediquei 3 dias e 2 noites. Porém, caso você queira apenas escalar e fazer um trekking, 1 dia para cada um é suficiente.

Eu SUPER recomendo esta guesthouse: A Secret Garden. Fica próxima à cidade de Tinerhir, mas bem na boca do cânion onde se iniciam as trilhas e escaladas. O café-da-manhã e o jantar (tajine vegetariano) nesta guesthouse foram maravilhosos, fora os inúmeros chás de menta na varanda e a prática de yoga às 18:00.

6. Ouarzazate

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Atlas Studios em Ourzazate

Saindo das cadeias montanhosas e seguindo para o litoral, paramos na cidade de Ouarzazate, onde dormimos num hotel delícia (Riad Sarayas).

Exploramos os Estúdios Atlas no dia seguinte (custa EUR 8), local de filmagens de Cléopatra, A Múmia, Aladin, Game of Thrones, Babel, O Gladiador, entre outros, além da novela Jezabel da Record.

Foi uma experiência muito legal passear pelos cenários!

7. Essaouira

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Essaouira

Por fim, chegamos ao litoral, completando 11 dias e 2.000 km rodados.

Escolhemos a praia de Essaouira, que é o local perfeito pra descansar, seja na praia, seja em um restaurante rooftop vendo o pôr-do-sol no mar, visitar o mercado de pescadores e o forte (outra locação de GoT), como era fim da viagem, dedicamos 3 dias de descanso, sem precisar pegar o carro.

Recomendo o Hotel Mama Souiri, confortável, com linda decoração e bem localizado e para jantar no pôr-do-sol e tomar uns drinks com música ao vivo, o restaurante Taros.

Foi a primeira cidade que vimos bebida alcoólica mais liberada, tinha cerveja e drink em todos os restaurantes.

Dicas e considerações finais

Fazer a viagem de carro valeu muito a pena, pois as estradas são boas e nos deu muita liberdade de escolhermos os destinos, onde dormir e o que visitar. Foram no total 2.000 km dirigidos em 11 dias, alugando um carro simples. Com gasolina, ficou em EUR 340, que é um ótimo valor para dividir em 2 pessoas.

Não precisa ser um carro 4×4, as estradas são boas e bem policiadas. É importante ter atenção com sinais de não ultrapassagem e limite de velocidade, pois os policias param com frequência e as multas custam de 150 a 400 dirhans (EUR 15 a 40) e são pagas em dinheiro vivo para o próprio policial rodoviário, que devolve um recibo oficial. 

Não nos hospedamos em grandes resorts, muito menos hotéis com piscina, mas em hotéis simples, bem decorados e aconchegantes. A hospitalidade dos marroquinos, mesmo falando pouco inglês, é impecável!

Fazer esta viagem na época que eu fomos (outubro) permitiu um calor agradável sem sofrer e cidades tranquilas pra se passear, sendo baixa temporada turística.

Porque risquei Marrakesh da minha viagem? Estava na minha rota passar 2 dias lá, mas ao longo da viagem conheci muitos turistas que haviam passado por lá e se arrependeram, a exploração de cobras dançarinas e macacos em correntes como atrativos turísticos é abusiva!

Para conferir com meus próprios olhos, resolvi parar em Marrakesh para jantar, e dar uma voltas no Souk (o mercadão) e realmente não gostei de nada que vi. O mercado de Fez é muito mais culturalmente atrativo e menos “pega turista”. Já os resorts de Agadir e os palácios da capital Casablanca nunca me atraíram muito para uma visita, mas são destinos muito comuns.


E aí, gostou do meu roteiro e das minhas dicas sobre o Marrocos? Deixe sua dúvida ou comentário abaixo, e leia também o post que fiz no meu blog! 🙂

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Marina Storch

Vivendo um sabático desde 2017. Apaixonada por viagens, largou a vida corporativa de São Paulo para se jogar em uma volta ao mundo, buscando novas culturas, auto conhecimento e minimalismo.

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